5 curiosidades perturbadoras sobre o afogamento


1 – Afogar-se em água doce e salgada é diferente

Afogar pode parecer “apenas” morrer pela entrada de água de pulmão, mas há um detalhe importante: quais substâncias estão nessa água? A resposta confirma o porquê de 90% dos casos de afogamento serem com água doce: a composição da água não-marítima se aproxima muito da do nosso corpo, o que a faz ser absorvida e entrar na corrente sanguínea. Com isso, nossos glóbulos vermelhos incham e estouram, causando falha de órgãos generalizada. Isso leva de 2 a 3 minutos. Enquanto isso, água salgada dificulta a absorção hídrica, pois o sal deixa o sangue mais grosso, e, portanto, ao invés de inchar, nossas hemácias “secam” – o que leva, por sua vez, de 8 a 10 minutos, um tempo maior para que ocorra um possível salvamento.


2 – O Mar Morto

Apesar disso, se você estiver no Mar Morto, situado entre Isreal e a Jordânia, é o sal que você deve temer, mesmo. Batizado com esse nome por ter uma salinidade tão alta que é difícil até mesmo tocar os pés na areia sob o mar, nenhum animal ou vegetal sobrevive à sua densidade. Beber poucos goles dessa água é o suficiente para desequilibrar completamente a corrente sanguínea, causando intoxicação, o que pode causar queimaduras internas e pneumonia química. Sobreviventes de afogamento no Mar Morto em geral levam um bom tempo para se recuperar, num processo bastante doloroso. Deu sede só de pensar.

3 – Afogamento atrasado

Essa perturbadora variação do afogamento normal pode ser bem exemplificada pela história de Johnny Jackson, um jovem autista de 10 anos da Carolina do Norte, nos EUA. Enquanto nadava, sob a supervisão da mãe, engoliu um pouco de água e tossiu. Depois de um curto intervalo, estava agindo normalmente, o que não chamou a atenção da mãe. Chegando em casa, a mãe lhe deu um banho e o pôs na cama. Quando voltou ao quarto, alguns minutos depois, encontrou o garoto espumando pela boca, com a face pálida e os lábios azuis. A água que havia inalado vagarosamente sugou o oxigênio de seus pulmões, num raro caso do problema chamado de “afogamento atrasado”.

4 – Tortura e pena de morte

O afogamento é usado há séculos como forma de tortura (visto em filmes comumente quando é colocado um pano no rosto do torturado e água é jogada infinitamente) e até pena de morte. Era usado principalmente em mulheres, crianças e homens ricos na antiguidade, por ser considerado uma forma sem sofrimento de morrer. Foram abolidos no século XVII, e populares principalmente durante a caça às bruxas, na Idade Média, e a Revolução Francesa, que inclusive teve em seu período o batismo de um famoso rio francês, chamado de “a banheira nacional”, onde afogamentos em massa aconteciam para punir pessoas que tivessem ligação com a monarquia derrubada.


5 – O lago sem fundo

Existem locais no mar e fora dele onde a profundidade é tanta que corpos submersos jamais são encontrados. Um deles é o lago Tahoe, nos EUA, com 501 metros de profundidade. Por ser incrivelmente frio e estar a quase 2 km acima do nível do mar, a pressão e temperatura não permitem que mergulhadores alcancem os corpos. Por sua vez, os cadáveres não boiam, como normalmente aconteceria, por causa das mesmas características. Normalmente, quando alguém se afoga os pulmões são enchidos de água, fazendo o cadáver afundar. Pouco tempo depois, bactérias causam fermentação e enchem o corpo de gases, fazendo-o flutuar. No caso do lago Tahoe, essas bactérias não conseguem sobreviver, então os corpos não boiam.

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